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Centro de Atendimento ao Autista completa três anos

          O espaço que representa a conquista de uma causa em Pelotas completa três anos neste domingo (3). O Centro de Atendimento ao Autista Dr. Danilo Rolim de Moura é fruto da reivindicação da Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico (Amparho), e hoje é referência estadual no atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

          O Centro nasceu com recursos de R$ 300 mil oriundos do programa estadual de Participação Popular e Cidadã, e contrapartida de R$ 30 mil do Executivo, que é responsável pela manutenção da casa.

         Cerca de 30 funcionários atendem diariamente 280 pessoas, entre um e 35 anos. “Recebemos alunos das redes pública e privadas e adultos que também precisam de assistência. Nossa lista de espera passa de 150”, contou a diretora do Centro, Débora Jacks. O local é gerido pela Secretaria de Educação e Desporto (Smed), mas tem apoio da Saúde (SMS) e do Centro de Neurodesenvolvimento Professor Mário Coutinho, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). 

          As atividades incluem estimulação essencial até os seis anos, atendimento educacional especializado, ludoterapia, tecnologia assistiva, educação física, psicomotricidade, arterapia, fonoaudiólogo, atendimento psicopedagógico e psicológico aos pais de crianças autistas. 

         O local tem como “padrinhos” o ex-prefeito Eduardo Leite, que viabilizou a criação do Centro, e os médicos que sempre lutaram pela causa autista em Pelotas: o geneticista Gilberto Garcias, o neurologista César Borges e o pediatra Danilo Rolim de Moura, cujo nome batiza o Centro. 

          Centro mudou a vida de Davi

          No amplo pátio do casarão da rua Gonçalves Chaves, 3.416, o saltitante Davi, de sete anos, brinca de escorregador, dança músicas imaginárias e conversa com os colegas. Ele está no segundo ano da escola municipal de ensino fundamental Brum de Azeredo, onde é acompanhado exclusivamente por uma professora auxiliar. 

          Quem o vê desenvolto não imagina como era sua personalidade há poucos anos. “Ele não falava, tinha estereotipia, não conseguia se expressar. O susto do diagnóstico de autismo, aos dois anos, só não foi maior do que descobrir que não havia atendimento específico em Pelotas”, relatou a mãe do menino, Daiane Mendes, que atualmente preside a Amparho. 

          Davi superou a fase introspectiva e hoje é carinhoso, integrado socialmente e até interage com pessoas que não conhece. “Depois dos quatro anos começou a falar, justamente quando entrou no Centro. Sem o atendimento, ele seria outro Davi. Aqui eu sei que ele vai crescer e seguir tendo assistência”, disse Daiane, ao lado do marido, Jairo. 

         Agora, a luta da Amparho é ampliar o Centro para garantir atendimento a ainda mais crianças, jovens e adultos – um dos objetivos da gestão da prefeita Paula Mascarenha

Fonte: Prefeitura de Pelotas