Premiado nacionalmente, o Projeto Mão de Obra Prisional (MOP) no SUS de Pelotas foi apresentado segunda-feira ao vice-governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, responsável também pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e pela Administração Penitenciária. Idealizada na gestão do ex-prefeito Eduardo Leite, atual governador, a iniciativa já reformou 24 unidades de saúde desde 2015. A intenção é replicar em nível estadual a experiência pelotense, que já envolveu mais de 100 apenados dos regimes semiaberto e aberto. Um projeto base será elaborado por técnicos da prefeitura e repassado para Ranolfo, que pretende criar os critérios para adesão dos municípios.
A prefeita Paula Mascarenhas destacou a trajetória do MOP, hoje fortalecido pelo Pacto Pelotas pela Paz e ampliado para outras áreas, como serviços urbanos e assistência social.
“Deixou de ser uma mão de obra barata e passou a ser uma política de segurança pública, com a reinserção dos apenados e a integração com a sociedade”, afirmou Paula.
Ranolfo destacou que a prevenção está inserida no plano estadual de segurança pública e que o exemplo pelotense pode ser utilizado. “Se não iniciarmos a prevenção, vamos sempre enxugar gelo”, destacou o vice-governador.
A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, que esteve à frente na elaboração do MOP na gestão Eduardo Leite, em Pelotas, disse que o projeto foi além da melhora da estrutura das unidades: “Essa mão de obra passou por qualificação profissional. Eles saem com muita mais chance de serem absorvidos pelo mercado”, destacou.
A iniciativa com apenados em Pelotas vem sendo ampliada com a elaboração de uma fábrica de peças de concreto no Presídio Regional e o uso de mão de obra para qualificar outros prédios públicos. Recentemente, o prédio da Coordenadoria de Regional de Educação, no Centro de Pelotas, passou por revitalização.
Ontem, a Prefeitura inaugurou a requalificação da Unidade Básica de Saúde da Balsa, a 24ª reformada pelo MOP.
Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/projeto-estado-devera-adotar-mao-de-obra-prisional/