De acordo com o Escritório de Desenvolvimento Regional da Universidade Católica de Pelotas (EDR/UCPel), o saldo na geração de empregos nos quatro primeiros meses de 2019 foi negativo em Pelotas. O município perdeu 724 postos formais, conforme apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
O número de empregos formais em 1º de janeiro de 2019 era de 61.758. No final do mês de abril, passou a 61.034 vagas, uma queda de 1,17%, relatam os economistas do EDR, Ezequiel Megiato e Tiago Nunes. O pior desempenho foi o da indústria, com saldo negativo em 523 vínculos empregatícios; seguido do comércio, com menos 225. Dentre os demais setores, apenas serviços e agronegócio criaram novas oportunidades.
Entretanto, se o mesmo período de 2019 for comparado com 2018, o saldo em Pelotas passa a ser positivo, com a criação de 491 novas vagas de emprego. Saldo positivo também foi registrado no Rio Grande do Sul entre janeiro e abril de 2019, com a criação de 34.835 empregos. “A boa notícia não era esperada e pode demonstrar sinais de recuperação da economia”, avalia Nunes.
Assim como Pelotas, Rio Grande também registrou saldo negativo nos primeiros meses deste ano. 524 empregos formais deixaram de existir, uma queda de 1,36%. Em Porto Alegre, o cenário é mesmo das cidades da Zona Sul. Menos 2.003 empregos deixaram de ser ofertados aos trabalhadores.
Para os economistas, o saldo só não é pior uma vez que houve em 2016 uma minireforma trabalhista, responsável por flexibilizar algumas regras do mercado de trabalho. “Novas reformas, como a da Previdência e a Tributária, possuem capacidade de influenciar positivamente o mercado de trabalho, através da criação de novos investimentos privados”, aposta Megiato.
Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/oferta-de-empregos-formais-tem-retracao/