Inaugurou nesta quinta-feira (28), no Casarão 6, a exposição Memória em Três Atos, promovida pelo Museu Etnográfico da Colônia Maciel em parceira com a Secretaria de Cultura (Secult). A mostra retrata as fases pelas quais passou o Museu nos últimos meses, após o desabamento ocorrido em fevereiro deste ano, através de cenários inspirados na obra A Divina Comédia do escritor e poeta italiano Dante Alighieri.

       Na primeira parte, o Inferno, em que os objetos retratam o desabamento e o fechamento do Museu. Em seguida, o Purgatório, que representa utilizados nos trabalhos de salvamento e recuperação do acerto. Por fim, o Paraíso, com o acervo recuperado e aberto à visitação do público como resgate e conservação da história. 

         Durante o processo de montagem, na tarde de quinta, a exposição recebeu a visita de 150 alunos, entre seis e 15 anos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Benjamin Constant, de Arroio do Padre. Coordenado pela professora Cássia Bierdorf, o grupo acompanhou os processos e aprendeu mais sobre as etapas de conservação e restauro de objetos. A educadora orientou as crianças e os adolescentes sobre a importância do contato com os acervos para o aprendizado e a valorização da cultura e da história da imigração.

          A exposição integra a Semana do Turismo de Pelotas, que ocorre até o dia 1º de outubro com os Casarões 2 e 6 abertos ao público através da ação Casa Aberta. Com a cedência de três salas do Casarão 6, na praça Coronel Pedro Osório, a mostra está disponível para visitação do público por um longo período, ainda sem data definida para o término – já que o Museu não tem previsão de ser reaberto.

O Museu

            O Museu Etnográfico da Colônia Maciel, foi inaugurado no dia 6 de junho de 2006, no antigo prédio da Escola Anita Garibaldi, na Vila Maciel, 8º distrito de Pelotas. O local foi criado com o objetivo de preservar a memória e história dos imigrantes de origem italiana, que chegaram à região no final do século XIX.

             O acervo do museu é formado por objetos de diferentes tipologias que foram doados pela comunidade local, composta em grande parte por ítalo-descendentes. Objetos ligados ao cotidiano da vida colonial onde se destacam aqueles ligados a agricultura, educação, comércio, religiosidade, lazer e atividades domésticas.

             No dia 13 de fevereiro de 2017, em decorrência de um período prolongado de fortes chuvas, combinado a um ataque de cupins e formigas na parte estrutural do prédio, o telhado desabou sobre o acervo, trazendo graves prejuízos ao mesmo, assim como à estrutura do local. 

               Diante do ocorrido, o acervo foi resgatado dos escombros e levado para o Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde passou por um processo de higienização, conservação e restauro das peças.

Fonte: http://www.pelotas.rs.gov.br/noticias/detalhe.php?controle=MjAxNy0wOS0yOQ==&codnoticia=46886