Em 2010, 2.723 alunos calouros que se declararam indígenas se matricularam nas faculdades. Em 2017, dado mais recente disponível, foram 25.670, número 9,4 vezes maior.
“O que a gente conclui é que esse aumento está muito atrelado à política de cotas. Precisamos oferecer educação para esses jovens e condições para entrar no ensino superior”, analisa o gerente de relações institucionais do Quero Bolsa, Rui Gonçalves.
Pela Lei de Cotas (Lei 12.711/12), 50% das vagas das universidades federais e das instituições federais de ensino técnico de nível médio devem ser reservadas a estudantes de escolas públicas. Dentro da lei, há a reserva de vagas para pretos, pardos e indígenas, de acordo com a porcentagem dessas populações nas unidades federativas.
Outra política pública ressaltada por Gonçalves é o Programa Bolsa Permanência, que concede auxílio financeiro para estudantes em situação de vulnerabilidade econômica. A bolsa para indígenas é de R$ 900.
Hoje, o percentual de estudantes indígenas em relação aos demais estudantes (0,68%) é maior que o percentual total de indígenas em relação à população do país (0,43%), de acordo com o último Censo, de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: http://www.radiopelotense.com.br/Pagina/16025/Ingresso-de-indigenas-em-faculdades-e-nove-vezes-maior-do-que-em-2010