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EFEITOS DA CHUVA : PREFEITURA FAZ LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS NA CIDADE

Em 26 dias, choveu em Pelotas mais do que o dobro da média prevista para todo o mês de julho, que é de 125 milímetros. Até as 10h de ontem os registros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem) apontavam 290 milímetros de precipitações.

Análises feitas pela Defesa Civil (DC) e pelas de secretarias de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui), de Qualidade Ambiental (SQA) e de Desenvolvimento Rural (SDR) dão conta de que o excesso de chuvas causou vultosos prejuízos às vias públicas, embora não tenha desalojado famílias ou gerado interdições no trânsito.

Pouco há a ser feito, de imediato, pela recuperação das vias com ou sem pavimentação, assim como em relação às estradas da zona rural. O grande volume de precipitações encharcou o solo, impedindo a ação de máquinas. As secretarias lançam mão de medidas emergenciais paliativas, para amenizar a situação em alguns pontos da cidade, e mantêm-se com plantões permanentes para atuar em emergências.

A Defesa Civil permanece monitorando a situação de municípios vizinhos quanto à elevação dos níveis dos rios da região. O coordenador Paulo Darci dos Santos informa que, embora bastante cheios, não registraram transbordamentos.

SERVIÇOS URBANOS

A Ssui não registrou chamados para atuar em emergências ou auxiliar na remoção de famílias. Até a manhã desta quinta-feira, ninguém deixou suas casas em razão das chuvas, embora os alagamentos em diversos pontos da cidade.

O secretário Jéferson Dutra salienta que a situação inspira atenção e cuidados, devido à quantidade de água que satura o solo e não é absorvida porque a chuva é constante. Este fator é o principal responsável pelos alagamentos.

A equipe de drenagem da Ssui está em plena atividade. São feitos, principalmente, serviços de desobstrução de valetas e tubulações. Já foram atendidos pontos na Bom Jesus, Ilha da Páscoa, Fragata (rua Matheus Gomes Viana), Jardim do Prado (Três Vendas), Areal (rua Juvenal Müller), e Laranjal, onde a administração realiza sangria para drenar trechos de algumas ruas e desobstrução de valetas próximas às paradas de ônibus.

DESENVOLVIMENTO RURAL

A situação das estradas da zona rural é precária, mas não houve ligações de emergência às oito administrações distritais. Nenhum ponto da Colônia está intransitável, embora sejam significativos os prejuízos provocados pelas chuvas.

Nenhuma ponte do interior foi interditada. Não se apresentaram riscos à travessia. No entanto, passarão por revisão tão logo firme o tempo. A SDR está com máquinas e equipes prontas para entrar em ação na recuperação dos danos causados pelas chuvas. Inicialmente, serão priorizados locais de maior volume de deslocamento de pessoas e da produção.

SANEP

O Sanep permanece com seu pessoal em plantão. Todas as casas de bombas estão funcionando normalmente e as equipes garantem o trabalho de retirada do lixo proveniente dos canais de macrodrenagem, evitando danos aos equipamentos.

Embora tenha chovido 40 milímetros em 12 horas – das 22h de quarta-feira (25) às 10h desta quinta-feira –, não foram registrados pedidos de auxílio ao Sanep. As reclamações, eventuais, estão relacionadas a pontos isolados.

QUALIDADE AMBIENTAL

A SQA, assim como as demais secretarias e o Corpo de Bombeiros, não recebeu informações que envolvesse sua atuação. Sem registro de queda de árvores ou danos provocados por alterações do ambiente devido ao excesso de chuvas, as equipes permanecem à disposição para auxiliar em casos de necessidade.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

A chuva também interfere na rotina de pessoas que não tem residência fixa e vivem nas ruas. A Casa de Passagem – espaço público da Rede de Assistência Social, mantido pela Prefeitura – computa o aumento de 30% de abrigados em razão das chuvas. O local disponibiliza 30 vagas. Em noites de tempo firme, são hospedados, em média, 18 a 20 moradores de rua. Quando chove, a procura pelo abrigo cresce para 25.

A Casa abre suas portas às 19h, diariamente, à rua Três de Maio, nº 1.074. Chegando lá, o morador de rua encontra à disposição banho, alimentação, televisão, além da cama para passar a noite. Pela manhã, depois do café, ele deve deixar o local.

O Centro Pop é a alternativa diurna para o morador de rua evitar a chuva e, em dias instáveis, também registra aumento do movimento. O local é aberto às 8h30min e funciona até as 16h30min, à rua Santos Dumont, nº 504. No espaço, além de alimentação, os acolhidos encontram música, internet, filmes e a possibilidade de participar de grupos com psicólogo e de atividades com equipe de redução de danos.

Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/efeitos-da-chuva-prefeitura-faz-levantamento-de-problemas-na-cidade/