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DOCUMENTÁRIO : A PAIXÃO SEGUNDO FLÁVIO DORNELLES

ideia inicial seria uma entrevista. E o ator e diretor Flávio Dornelles, há quatro anos, foi procurado por Luis Fabiano, Carla Ávila, Moizés Vasconcellos e Liza Bilhalva. A equipe do “Fio da Navalha Arte & Comunicação”, esteve na Cia. Cem Caras do IFSul, onde Flávio é diretor teatral, e começou o registro da trajetória com mais de trinta anos de dedicação ao teatro. Diante da riqueza de experiências e histórias, a equipe passou a programar a realização de curta. Porém, o filme “Palcos de Minha Vida” – estreia acontecerá sábado às 19h30min -, foi sendo ampliado e se transformou num longa metragem. Conforme o diretor Luis Fabiano: “O longa-metragem com cerca de 1h50min de duração, é um documentário no qual são reunidas histórias da vida do multiartista Flávio Dornelles. Reconhecido em todo o Rio Grande do Sul, por sua trajetória no teatro, Flávio Dornelles construiu e consolidou sua carreira artística em Pelotas desde o início dos anos oitenta, período no qual iniciou seu trabalho como ator nos palcos locais, passando posteriormente a se apresentar em diversas cidades gaúchas, e também em muitos Estados. Além do trabalho como ator, Flávio Dornelles também desempenha, ou já atuou como diretor, encenador, dramaturgo, músico multi-instrumentista, cantor, bailarino, maquiador, aderecista, cenógrafo, coreógrafo, sonoplasta, figurinista, produtor, iluminador e carnavalesco”.

ESTREIA – No sábado às 19h, recepção ao público para reencontros e fotos. Às 19h30min, apresentação musical de Ricardo Fragoso, seguida de falas do Flávio e equipe da produtora “Fio da Navalha”. Às 20h terá início a sessão. Fabiano acrescenta: “Como não teremos ingresso, então recomendamos que o público chegue cedo para garantir lugar. Terminado o filme, teremos uma celebração no novíssimo espaço ANIMA Arte Cultura e Educação, que fica em frente à Praça Coronel, ao lado da antiga Casa do Estudante”.

PALCOS – Na trajetória de Flávio, encenações no Grupo de Jovens da Igreja em Candiota. Ingressando na então ETFPel em 1982, integrou o Desilab sob a direção de Valter Sobreiro Jr. Ele mencionas montagens “Em nome de Francisco – evocação do poeta Lobo da Costa”, e “Fuenteovejuna” de Lope de Veja. No grupo “Usina”, participou das peças “O Auto dos 99%” de Oduvaldo Viana Filho, “Ordem e Progresso” de Ferreira Gullar, a criação coletiva “Circunstâncias de um Equilíbrio”, e de Brecht “Conversas com senhor Bertoldo”. Os espetáculos foram premiados em festivais pelo País. Como diretor, Flávio estreou com a peça “Restos do Amanhã”, premiado no Festival de Teatro de Pelotas. A montagem abordava sobre menores de rua. Nos anos noventa, comédia musical “A Noviça” que, em dois festivais, recebeu catorze premiações. As montagens circularam pelo País e exterior. Flávio também atuou nas minisséries “Incidente em Antares” e “A casa das sete mulheres”. Com a equipe da “Moviola”, curta “Futebol S/A”. Além disso, também em “O Crime” de Dielon Mendes, e “O Tempo e o Vento”. Em 2008 ingressou na primeira turma do curso de teatro da UFPel. Ele menciona: “Destaco o empenho do professor Adriano Moraes para que o curso se firmasse, e encontrasse espaço na universidade. Não foi fácil. Com o professor Paulo Gaiger, experiência incrível no projeto Rondon em Pernambuco. Já com a professora Taís Ferreira, o trabalho no PIBID”.

PAIXÃO – Flávio avalia: “Com o teatro, pude começar a dar sentido na minha vida, em relação a tudo o que eu pensava, ao que sentia e queria. Estava num vácuo imenso, um momento sem ninguém que viesse contrariar minha escolha para exercitar essa práxis. E fui criando meu método de trabalho, através do foco nos grupos que participei, bem como nas produções que assisti. Então, vários processos que fui percebendo, aprendendo, aplicando, experimentando e transformando no teatro”.

“PALCOS DE MINHA VIDA” EM CARTAZ

No filme que homenageia Flávio Dornelles, constam depoimentos do ator e diretor, bem como um pouco seu talento na interpretação. Ele explica sobre “Palcos de minha vida”: “Foram quatro entrevistas e uma pitada de interpretação. E foi diante do Theatro Sete de Abril que, infelizmente, prossegue fechado. Mas sugeri uma cena da peça sobre o poeta Lobo da Costa, e da qual sou fã. A cena é verdadeira, e consta que seus versos eram recitados por uma poetisa riograndina. Então, ele tentou entrar no teatro para prestigiá-la. Mas, barraram-lhe as portas, sob a alegação de que estava alcoolizado. Então, com Ju Vargas ao violão, canto duas canções da peça. Também gravamos cenas no Laranjal, onde eu tenho uma forte ligação com a água. Foi quando morei nessa praia, que tive os seis melhores anos da minha vida. E houve locações também no IFSul e Praça Cel. Pedro Osório”.

EQUIPE do longa: direção de Luis Fabiano; produção de Carla Ávila; Liza Bilhalva na assessoria de produção; Daniela Xu na direção de fotografia; Moizés Vasconcellos na autoria das fotos; identidade visual com Valder Valeirão (Nativu Design); consultor de edição Rogério Peres; captação de áudio a cargo de Cláudio Ferreira. Apoiadores: IFSul; A2Z Sound; Nativu Design; Ânima.

DIGNIDADE – Flávio conclui: “Para ser um profissional de teatro atualmente, tem de estar muito certo da escolha. Não é fácil, pois no país se dá pouco valor a cultura, bem como em Pelotas, cidade com história de duzentos anos, que já foi referência no Brasil e países do Prata. É preciso estar preparado. E penso que o termo, seguramente, é amor. Assim, revitalizando-me sempre dessa paixão, é que chego aos 35 anos de teatro e, com ele, sobrevivendo com dignidade”.

Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/documentario-a-paixao-segundo-flavio-dornelles/