Vai levar seu animal de estimação para os festejos de Carnaval? Lembre-se que, para cair na folia com o pet, é preciso tomar uma série de cuidados que garantam seu bem-estar e mantenham sua saúde em dia. “Qualquer produto que não seja de uso veterinário – como espumas, purpurinas, gliter, tintas e gel, por exemplo, devem ser evitados, pois podem causar alergia ou outros tipos de reações”, orienta a médica veterinária Marianne Lamberts, secretária-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS).
Só tire seu cachorro de casa se ele não tiver medo de barulho e de tumulto. Se for esse o caso, ande com ele sempre na coleira ou peiteira, em guia, identificadas com o nome do bichinho e o telefone e nome de seu tutor, o que facilita a devolução em caso de fuga. Em dias muitos quentes, escolha os horários com temperaturas mais amenas para levar o cãozinho para a rua, sempre munido de água fresca para hidratá-lo. O mesmo vale para fantasias para o pet: escolha algo que não seja incômodo e que garanta conforto térmico, em função do calor.
Para auxiliar os tutores com os cuidados a serem adotados não só no Carnaval, mas ao longo de todo o ano – que inclui alimentação, cuidados com a saúde, lazer, higiene e assistência veterinária, entre outros – o CRMV-RS lançou a campanha “Guarda Responsável – Eu sou uma vida”. O objetivo da iniciativa é apresentar dicas de médicos veterinários e zootecnistas que ajudem na tomada de decisão para que a compra ou adoção tenha comprometimento.
As peças gráficas da campanha que detalham essas dicas estão disponíveis para download gratuito em www.crmvrs.gov.br e marcam o lançamento do novo site do CRMV-RS, que está mais interativo e traz novas ferramentas. Uma delas integra a campanha. No espaço Adote uma vida para alegrar a sua (http://www.crmvrs.gov.br/adote_uma_vida.php), estão os links que remetem a iniciativas de prefeituras gaúchas na divulgação de programas de adoção de animais desenvolvidos pelas administrações municipais.
“É uma forma de o Conselho prestar auxílio aos canis municipais que buscam encontrar um lar para os animais que viviam na rua em situação de abandono e foram recolhidos”, destaca Lisandra Dornelles, presidente do CRMV-RS. Podem participar do espaço prefeituras municipais gaúchas que tenham programas, feiras ou outras iniciativas próprias de adoção de animais. A prefeitura interessada deve enviar o link com as informações e o logo do programa para o e-mail assimprensa@crmvrs.gov.br.
Ao estimular a adoção e a guarda responsáveis, o CRMV-RS pretende contribuir para a redução do abandono, crime previsto na Lei 9.605/98 com penalidade de multa e prisão para quem pratica maus-tratos, crueldade e abuso contra animais e para quem presencia esses fatos e se omite a respeito. “Quando se estimula a guarda responsável e a sociedade tem consciência da importância do seu papel na vida dos animais, é possível reduzir consideravelmente o abandono que, além de crime, é um ato de crueldade”, reforça Lisandra. Ao largar um animal à própria sorte, ele é submetido a doenças, dor, desconforto, frio, calor, fome, sede, medo, estresse e exposto a toda sorte de violência.
Como agir em caso de abandono
Denunciar e evitar o abandono de animais são obrigações legais de todo cidadão, mas, mesmo assim, muitos deles são deixados ao relento. Ao encontrar um bichinho, ajude-o! Você pode capturá-lo em uma caixa de transporte, com os devidos cuidados se ele estiver com medo, arisco ou assustado. Abrigue-o em um local reservado em casa para que ele não tenha contato com seus pets até que passe por uma consulta veterinária. Se não tiver como ficar com ele, busque uma adoção responsável.
Maus-tratos e abandono são crimes
Denúncias de maus-tratos e abandono devem ser feitas em delegacias de polícia, Ministério Público, secretarias de meio ambiente estaduais e municipais e Ibama (em casos de animais selvagens, silvestres e espécies exóticas). Se a pessoa envolvida for médico veterinário ou zootecnista, procure o CRMV ou CFMV.
Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/cair-na-folia-com-o-pet-requer-responsabilidade/