Em Pelotas, um bom número de trabalhadores se reuniu no Altar da Pátria, na Avenida Bento Gonçalves, para dizer não à reforma da Previdência
O Dia do Trabalhador, em Pelotas, contou com grande participação da comunidade local e da região. Trabalhadores, estudantes, aposentados e desempregados estiveram reunidos, na Avenida Bento Gonçalves, para dialogar sobre as medidas do governo. O microfone, que esteve aberto à comunidade, serviu para que os artistas locais pudessem transformar em música e poesia o marco histórico da data.
Ao se revezarem no microfone, durante o ato no Altar da Pátria, diversas lideranças comunitárias, políticas e sindicais evidenciaram a perda de direitos, que teve início com a reforma trabalhista e a aprovação da terceirização irrestrita, ainda no governo Temer. Hoje, este processo de esfacelamento do Estado de Bem Estar Social, está em processo ainda mais acelerado de construção.
“É exatamente essa conjuntura extremamente adversa que nos mostra a necessidade de nos reunirmos e dialogarmos com a população sobre o que está acontecendo não só à nível federal, mas em nosso estado e também no município”, ressalta Luís Diogo, diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região. O sindicalista chama a atenção para a linha privatista, adotada em todos os âmbitos governamentais, que implica não apenas a venda de bancos públicos para a iniciativa privada, retirando a função social destas instituições, como também, em esfera local, o governo de Paula Mascarenhas (PSDB) que tem proibido às livres manifestações artísticas em espaços públicos, como é o caso do Mercado Central.
14 DE JUNHO É DIA DE GREVE GERAL
O ato unificado, do 1º de maio, possibilitou, sobretudo, a organização da greve geral dos trabalhadores brasileiros. Marcada para o dia 14 de junho, a mobilização é fruto da unidade entre as centrais sindicais, do país, que denunciam a reforma da Previdência como o golpe final, do governo, para responsabilizar os trabalhadores da enorme irresponsabilidade com o patrimônio público e a total subserviência aos interesses do capital financeiro, com a perda, definitiva, da soberania nacional.
“O momento que estamos vivendo é muito duro. A reforma trabalhista retira não só os direitos trabalhistas, mas também direitos civis, liquidando com conquistas históricas”, evidencia Elton Lima, diretor estadual da CUT. Ao avaliar os primeiros anos de governo, o dirigente sindical denuncia que, todos os dias, os trabalhadores de Pelotas e da Região estão tendo os seus direitos solapados. “Hoje, em decorrência desses retrocessos, já não existe mais a exigência dos sindicatos acompanharem uma rescisão de trabalho, por exemplo, permitindo que os patrões façam o acordo que melhor lhes convenha. Os trabalhadores, muitas vezes desinformados, assinam qualquer acordo, sendo claramente prejudicados, recebendo menos do que deveriam e precarizando cada vez mais as relações de trabalho”, denuncia.,
Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/1o-demaio-trabalhadores-fizeram-manifestacoes-e-organizam-greve-geral-para-junho/