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Pelotas: MP pedirá análise de mais exames pré-câncer para IGP

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (19), a promotora responsável pela saúde pública de Pelotas, Rosely Lopes falou sobre a investigação do caso dos exames papanicolau (pré-câncer). Na última semana, laudo preliminar apontou que 195 de 196 testes não apresentam indícios de fraude do Serviço Especializado de Ginecologia (SEG).

 

Rosely afirmou que o único exame em discordância está dentro da margem de erro médica, laudo apontaria irregularidades se estivesse entre 21% e 30%. A pré-análise foi realizada com exames feitos entre 2017 e 2018 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Bom Jesus, origem das denúncias em julho de 2018. No total, foram retiradas 17 mil lâminas do laboratório, referente a 2014 e meados de 2018. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre ficou responsável por analisar outras duas mil lâminas.

 

 

 

Questionada sobre a investigação estar sendo feita por análise por amostragem, da mesma forma do que seria considerado fraude do laboratório, Rosely destaca que a falta de técnicos e estrutura do Instituto-Geral de Perícia (IGP) de Porto Alegre é o grande motivador. “Confio nos técnicos que o IGP tem, se eles acham o suficiente para chegar numa conclusão, seguiremos assim”, resalta. 

 

Ainda hoje (19), foi enviada pela secretária de Saúde, Ana Costa, uma auditoria realizada em hospitais do município, sobre atendimentos de pacientes encaminhadas pelas UBSs com a doença ou em estágio inicial. Até o momento da entrevista, a promotora ainda não havia lido o documento. Na última segunda-feira (18), a prefeita Paula Mascarenhas foi intimada para prestar depoimento novamente. 

 

Segundo memorando entregue no último ano, a suspeita de fraude de enfermeiros e médicos iniciou em 2014. Indagada sobre a questão e o porquê de não ter sido iniciada a investigação com essas lâminas, a promotora disse não ter conhecimento das suspeitas, tendo escolhido o último ano para análise por opção. “Em sete anos em Pelotas, nunca recebi queixa ou denúncia de alguma UBS ou paciente. Se houvesse provas, não haveria a perícia”, alega.

 

"Os exames de 2017 e 2018, da Bom Jesus, nós solicitamos prioridade ao IGP. Pelo menos até o presente momento, evidentemente, não houve nenhum exame realizado por amostragem", explica a promotora.

 

Próximos passos

 

Agora, o Ministério Público (MP) irá pedir ao IGP a análise de mais exames. A expectativa é que a investigação dure, no mínimo, mais seis meses. “O inquérito ainda não tem conclusão, mas não será encerrado com a perícia preliminar divulgada”, destaca.

 

Questionada pelo Jornal Tradição a possibilidade de pedir urgência na análise de lâminas que já estão para vencer - o prazo de validade do material coletado, segundo especialistas, é de cinco anos -, e tendo conhecimento do fato, Rosely Lopes afirmou que o MP pedirá a prioridade. 

Fonte: http://www.jornaltradicao.com.br/site/content/saude/index.php?noticia=30483