CPERS confirma novas reivindicações e greve do magistério estadual ultrapassa os 40 dias
Atendendo a pedido da direção do Cpers, o governo voltou a ouvir os líderes da categoria em reunião na manhã desta terça-feira, na Secretaria de Educação (Seduc). O chefe da Casa Civil, Fábio Branco, e a secretária adjunta de Educação, Iara Wortmann, ouviram da presidente do Cpers, Helenir Schürer, que a categoria, agora, quer que o governo reveja as PECs 242 (extingue licença prêmio e cria licença capacitação), 256 (altera licença classista dos servidores que passa a ser não remunerada pelo Estado), 257 (retira previsão de prazo para pagamento do 13°) e 258 (extingue adicional tempo serviço servidor).
Mesmo o governo tendo quitado todos os salários, inclusive priorizando os que ganham menos (uma sugestão do próprio Cpers na reunião de 14 de setembro), os dirigentes anunciaram que manterão a greve, que já dura 42 dias, o que estende o ano letivo de 2017 para os primeiros meses de 2018, podendo chegar até abril, para aquelas escolas que estão paralisadas.
Com a maioria das escolas em funcionamento normal, a Seduc já encaminhou orientações e critérios para a reorganização do Calendário Escolar 2017, que deve encerrar-se em 14 de janeiro. A proposta de novo calendário elaborada pelas escolas deve contemplar os dias de greve dos meses de agosto, setembro e outubro, ser aprovada pelos Conselhos Escolares e encaminhada à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para homologação até a próxima sexta-feira, impreterivelmente. A CRE, por sua vez, deve analisar, ajustar e homologar os novos calendários e terá até o próximo dia 27 para remeter o quadro resumo da situação à Seduc.
A reorganização do calendário, porém, não afeta em nada o direito às férias dos professores de, no mínimo, 45 dias para os que estão em regência de classe. O início do ano letivo de 2018 está previsto para 22 de fevereiro.
Fonte: http://diariodamanhapelotas.com.br/site/educacao-governo-reafirma-calendario-de-recuperacao-das-aulas/