Cia de Dança Deborah Colker em Pelotas/RS
Cia de Dança Deborah Colker em Pelotas/RS
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Cia de Dança Deborah Colker - Cão Sem Plumas

Data: 21 de Janeiro
Local: Rua Lobo da Costa, 849, Centro - Teatro Guarany
Site: https://www.blueticket.com.br/22086/Cia-de-Danca-Deborah-Colker-Cao-Sem-Plumas-/?obj=busca

Mais informações:

Cia de Dança Deborah Colker em Pelotas/RS
Cão Sem Plumas

Deborah Colker faz em Cão sem plumas, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. A estreia internacional acontece em 3 de junho, no Teatro Guararapes, em Recife. A Cia. 

Deborah Colker conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995. Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites,a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno.

“O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah. A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife.

A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. 

A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia. Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz. 

Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jogo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela. Seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira. 

“Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela. Reconhecida internacionalmente, Deborah recebeu em 2001 o Laurence Olivier Award na
categoria Oustanding Achievement in Dance (realização mais notável em dança no mundo). Em 2009, criou um espetáculo para o Cirque de Soleil: Ovo. 

Em 2016, foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro João Cabral vivia em Barcelona, como diplomata, quando leu numa revista que a expectativa de vida no Recife era menor do que na Índia. A notícia foi o impulso para fazer O cão sem plumas. Publicou em 1953 O rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife e, três anos depois, sua obra mais conhecida, Morte e vida severina. Sua poesia, das mais importantes do Brasil, é marcada pelo rigor e pela rejeição a sentimentalismos.

Classificação: 16 anos
♦ Menores de 16 anos terão acesso ao evento somente acompanhados dos pais ou responsável legal.

Perguntas Frequentes
♦ Há estacionamento no local? Não
♦ O local do evento é coberto? Sim
♦ Existe alguma restrição do local? Não
♦ Formas de pagamento aceitas no local? Somente em Dinheiro
♦ Existirá venda de alimentos no local? Sim
♦ Permitido o acesso com câmera fotográfica? Sim
♦ O local possui acesso para deficientes? Sim
♦ O local possui espaço para fumantes? Sim

Observação
♦ Em caso de falta de documento comprovante à Meia-entrada ou demais benefícios, o pagamento do valor complementar do ingresso estará sujeito a disponibilidade junto ao organizador do evento e será aceito somente em dinheiro (espécie).

Ficha Técnica
♦ Criação, Coreografia e Direção: Deborah Colker
♦ Direção Executiva: João Elias
♦ Direção Cinematográfica e Dramaturgia: Cláudio Assis
♦ Direção de Arte e Cenografia: Gringo Cardia
♦ Direção Musical: Jorge Dü Peixe e Berna Ceppas participação especial Lirinha
♦ Figurino: Cláudia Kopke
♦ Desenho de Luz: Jorginho de Carvalho